Título: Ana Hatherly: Território Anagramático
Autor: AAVV
Editora: Documenta
Tema: Arte
Estado: 5+
Língua: Português / Inglês
Encadernação: Encadernado
Ano: 2018
Páginas: 280
Dimensões: 21*27
Preço: 26,00 €
Obs. Apresentação de João Silvério, Maria Filomena Molder, Fernando Aguiar, Andreia Poças
«Sentado num degrau da escada estava um sema. O seu aspecto era
semelhante ao duma salsicha azul-clara. Todos os que o viam achavam
estranho e diziam: é metafísico. Ninguém reparava que era azul.» [Ana
Hatherly, «Tisana 138», 463 Tisanas] Este livro foi publicado por
ocasião da exposição «Ana Hatherly: Território Anagramático», realizada
na Fundação Carmona e Costa, com curadoria de João Silvério, entre 17 de
Novembro de 2017 e 13 de Janeiro de 2018. A exposição Ana Hatherly:
Território Anagramático toma a obra escrita pela autora sob o título
Tisanas como uma grelha estrutural para dar a ver o seu trabalho
artístico e os cruzamentos que esse mesmo trabalho revela ao nível do
pensamento, da escrita, da performance e das preocupações da artista,
que se manifestam sobre contextos diversos e em diferentes meios de
expressão escrita e plástica. [João Silvério]
Como um mergulhador, Ana Hatherly vem à superfície para recuperar o
fôlego e logo se embrenha nas profundezas. Porém não é só isso, é que
dela, deste poeta-artista, só ficarão essas breves tomadas de fôlego,
essas minúsculas bolsas de ar agarradas, um contraste menor, às
palavras, aos riscos, aos silvos, bolsas de ar que não se vêem, não se
lêem, nem se ouvem, talvez se adivinhem (leia-se um dos poemas de Cisne
Intacto, 54). [Maria Filomena Molder]
A obra visual de Ana Hatherly é caracterizada pela gestualidade, pelo
movimento da mão que cria inquietas linhas de texto, densas texturas,
inomináveis volumes, múltiplas formas que continuamente se
(trans)formam, que sugerem itinerários, significações diversas,
procedimento para transmitir graficamente uma poética que, sendo também
verbal, se metamorfoseia e se evidencia na visualidade. Nas caligrafias,
as palavras/versos são inscritos na página como trilhos a percorrer ao
sabor da «imaginação e da memória» de cada um. [Fernando Aguiar]